Lições da Gig Economy para o Foodservice No cenário dinâmico do mercado de trabalho contemporâneo, a economia gig, impulsionada por plataformas como Uber e iFood, redefiniu as expectativas dos colaboradores, especialmente das novas gerações. A flexibilidade e, crucialmente, o acesso imediato aos ganhos diários, transformaram a percepção de valor no trabalho. Este modelo, antes restrito a entregadores e motoristas, oferece insights estratégicos para o setor de foodservice, que enfrenta desafios crescentes de retenção e engajamento de talentos. Mas, como a adoção de práticas inspiradas na gig economy , particularmente as práticas de pagamento mais rápidas e imediatas, pode otimizar custos e fortalecer equipes em bares e restaurantes, posicionando a remuneração como um vetor estratégico de competitividade?
O Êxodo silencioso: a migração do Foodservice para a Gig Economy O setor de bares e restaurantes tem observado um fenômeno preocupante: a migração de seus colaboradores para o universo da gig economy . Este movimento não é aleatório; ele reflete uma busca por condições de trabalho que o modelo tradicional, muitas vezes, não consegue oferecer. A flexibilidade de horários e a autonomia são atrativos inegáveis, mas o fator decisivo é, sem dúvida, o pagamento imediato.
Dados recentes corroboram essa tendência. Uma pesquisa interna de uma empresa do segmento revelou que mais de 10% da sua equipe já se ausentou do trabalho formal para realizar atividades que oferecem pagamento imediato, como eventos, entregas ou transporte por aplicativo. Este número, provavelmente subestimado, sinaliza um descompasso entre as necessidades financeiras dos colaboradores e as estruturas de remuneração existentes. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) reportou que, em 2021, 1,4 milhão de entregadores e motoristas no Brasil estavam inseridos na gig economy , um salto significativo de 30 mil trabalhadores em 2016 para 278 mil apenas no transporte de mercadorias em 2021. A natureza dos trabalhos deste perfil, que frequentemente exige pouca qualificação inicial e oferece liquidez imediata, torna-se uma alternativa atraente para profissionais do setor de hospitalidade.
A Geração Z e a a lógica evidente do pagamento imediato A Geração Z, que hoje representa uma parcela crescente da força de trabalho, possui um conjunto de expectativas distinto. Nascidos na era digital, valorizam a agilidade, a transparência e a autonomia. Com celular na mão desde pequenos, suas buscas são rápidas, suas compras na ponta dos dedos com entregas cada vez mais rápidas. Para essa geração, a espera pelo salário no quinto dia útil do mês seguinte é um anacronismo. Neste novo mundo que moldamos com tecnologia e velocidade, acelerado pela pandemia, eles buscam uma relação de trabalho que se adapte ao seu estilo de vida, e não o contrário.
O recebimento do valor do trabalho a cada corrida, disponível imediatamente em uma carteira digital, como ocorre em plataformas como Uber, é um diferencial competitivo massivo. Essa experiência oferece não apenas segurança financeira para lidar com imprevistos, mas também uma sensação de controle e recompensa instantânea que o modelo de pagamento mensal não proporciona. Para a Geração Z , essa liquidez imediata é um pilar fundamental para o bem-estar financeiro e a capacidade de gerenciar suas finanças de forma proativa.
O Modelo Gig no Foodservice: um caminho para a retenção e engajamento O setor de bares e restaurantes, historicamente marcado por alta rotatividade e absenteísmo, pode reverter esse quadro ao incorporar as lições da gig economy . O pagamento sob demanda, que permite aos colaboradores acessarem seus ganhos já trabalhados a qualquer momento, emerge como uma ferramenta estratégica para mitigar esses desafios.
Vantagens estratégicas do Pagamento sob Demanda
• Redução de turnover e absenteísmo
Colaboradores com acesso facilitado aos seus salários são menos propensos a buscar empregos adicionais ou a faltar ao trabalho por questões financeiras. O caso de Carlos Gomes, franqueado do McDonald’s , que viu uma redução de 50% no absenteísmo e 37% nos atestados médicos após implementar o pagamento sob demanda, é um exemplo claro do impacto positivo.
• Aumento do engajamento e produtividade
A flexibilidade financeira alivia o estresse e permite que os colaboradores se concentrem mais em suas tarefas, resultando em maior satisfação e desempenho. O Grupo Fit , por exemplo, registrou uma redução de quase 30% no turnover e até 50% no absenteísmo com a Quansa.
• Diferencial competitivo
Imagine falar para o candidato na sua frente: “aqui, servico feito, servico pago! Você é quem escolhe quando e quantas vezes no mês quer receber”
Em um mercado de trabalho acirrado, oferecer pagamento sob demanda posiciona o restaurante como um empregador inovador e preocupado com o bem-estar de sua equipe, atraindo e retendo os melhores talentos, especialmente da Geração Z.
• Otimização de Custo de Mão de Obra (CMO)
A diminuição da rotatividade e do absenteísmo se traduz em economia significativa com processos de recrutamento, treinamento e custos operacionais associados à falta de pessoal.
• Se aproxime do seu potencial de venda
Além dos custos associados ao turnover e ao absenteísmo, a falta crónica de funcionários treinados resulta em vendas abaixo do potencial da loja. Quando isso se combina com uma dificuldade em atrair funcionários, encontramos operações que não conseguem dar resposta e se suspendem temporariamente nas épocas de maior movimento.
Implementando o Modelo Gig no Foodservice: desafios e soluções A transição para um modelo de pagamento mais flexível pode parecer complexa, mas a tecnologia atual oferece soluções robustas. Plataformas como a Quansa permitem que os restaurantes ofereçam pagamento sob demanda juntando dados dos sistemas de folha de ponto e de pagamento com pouquíssima necessidade de intervenção humana. A conciliação, transações e documentações são gerenciadas pela tecnologia, liberando o departamento pessoal e financeiro para focar em estratégias mais consultivas e de valor agregado.
O futuro da remuneração no Foodservice é agora O modelo tradicional de remuneração está em luto, e a Geração Z não está disposta a esperar pelo seu fim. A economia gig não é apenas uma tendência, é um catalisador para uma nova era nas relações de trabalho, onde a flexibilidade e o pagamento imediato são moedas de alto valor. Para bares e restaurantes, ignorar essa realidade é arriscar a perda de talentos e a estagnação em um mercado cada vez mais competitivo.
Adotar o pagamento sob demanda, inspirado nas lições de sucesso de plataformas como Uber e iFood, não é apenas uma questão de modernização, mas uma estratégia essencial para otimizar custos, valorizar equipes e garantir a sustentabilidade do negócio. É hora de abraçar a Remuneração 2.0 e construir um ambiente de trabalho que ressoe com as expectativas da nova força de trabalho, transformando o pagamento em um poderoso instrumento de engajamento e competitividade.
Conte com a Quansa para esse próximo passo.
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